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Enquanto a Cidade Dorme

writing poetry portuguese

Lembro-me de que, em 2013, li um livro do qual gostei imenso: Enquanto a Cidade Dorme de Álvaro Magalhães. Não me lembro precisamente porquê, mas a história fascinou-me. Como resumo, escrevi a 15 de setembro de 2013 este poema.

Enquanto Ana dorme,
aparece um anão.
E então começa o pagode,
mas este vai com precaução.
Oh! que chatice,
neste mundo ele tem silhueta.

Ana vê a sua sombra,
mas logo ele se oculta
fingindo ser um calhau
que estava perto da ventana.

O anão começou a falar
e a Ana ensinar.
Esta ao escutar,
reparou não estar a sonhar.

Outrora Homens e outros seres
viveram em harmonia,
mas graças ao Homem
ela se quebraria.
Mas antes? Que aconteceu?
Assinaram o Tratado da Lembrança.

O Anão começa a dizer,
que do outro lado há um afazer.
O que é? O que será?
O Tratado da Lembrança
tem que ser assinado outra vez.

O anão referiu também
que sapatos de fada eles tinham.
Ana ficou encantada
e quis logo saber a morada.

O anão então lha disse,
e ela à sua porta chegou,
antes que esta se extinguisse.
Mas apenas Rui encontrou.

Por outra pedra disse Rui,
fora enviado até aquele local,
não para sapatos de fada comprar,
mas para sapatos de gnomo arranjar.

Repentinamente a luz acendeu
então Ana lá cedeu.
Lá fora ela para o outro lado,
enquanto Rui ficou parado.

Martin, o gnomo, chateado ficou
por o rapaz não ter entrado.
Rui então se encorajou,
e na loja entrou.

Lá dentro vislumbrou
um fantasma muito velho!
Então acreditou, acreditou,
e para o outro lado atravessou.

Do outro lado encontrou,
um anão resmungão,
que a pescar dizia estar
num grande buracão.

Rui então perguntara,
se por ali uma rapariga passara.
Infelizmente este respondera,
que ela já desaparecera.

Continuou a andar
e Martim encontrou,
então este explicou,
que a pedra era ele!

Mais uma vez Martim explicou,
que o Tratado da Lembrança expirou.
Novamente assinado teria que ser
para que este continuasse a prevalecer.

Uma recordação era o Tratado
para que não fosse esquecido o fantasiado.
Então Rui avançou,
e num labirinto entrou.

Uma rapariga lá encontrou,
que lhe mandou água divina beber.
Rui não quis e recusou,
para continuar a Ana procurar.

Ana preocupada estava,
pois Rui tentara achar.
Mas não se tardaram a juntar
e então o tratado assinar.